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Revolução Industrial e circuitos mercantis globais: a crise da escravidão no império britânico, por Tâmis Parron
Resumo
Revisitando o debate sobre capitalismo e escravidão, este artigo ilumina as relações materiais entre Revolução Industrial e crise da escravidão negra no Império britânico a partir das perspectivas da teoria crítica e do sistema-mundo. Depois de sugerir que o debate invisibilizou o capital como categoria de análise histórica, argumento que a Revolução Industrial desencadeou um processo de ampliação de circuitos mercantis sobre o Atlântico e o Indo-Pacífico que estabeleceu relações tensas com fronteiras mercantis escravistas dentro e fora do Império britânico. Essas relações se tornaram uma poderosa mediação material entre a crise da
escravidão negra nas West Indies, a ascensão do escravismo nos Estados Unidos, em Cuba e no Brasil e o avanço do neoimperialismo no Oriente.
Palavras-chave: capitalismo; escravidão; Revolução Industrial; circuitos mercantis.
A história ambiental do capitalismo no mundo colonial, séc. XV ao XIX, por Leonardo Marques e Gabriel de Avilez Rocha
Resumo:
Esta introdução apresenta os eixos que inspiraram a organização do dossiê e como os diferentes artigos contribuem para avançar na discussão por nós proposta. Uma primeira seção apresenta em linhas gerais a história da formação da história ambiental como um campo disciplinar, considerando suas potencialidades e limites. Em um segundo momento, discutimos alguns dos principais usos do conceito de capitalismo nas ciências sociais e as possibilidades abertas quando buscamos pensar o sistema de uma perspectiva ambiental. Na sequência, recolocamos os temas anteriores a partir do mundo colonial, com atenção para seu papel na história do capitalismo global. Finalmente, encerramos com algumas questões relacionadas às cronologias sobrepostas do capitalismo, do colonialismo, e da própria crise ambiental contemporânea.
Palavras-chave: História ambiental; Capitalismo; Colonialismo
A América colonial e a história das mercadorias: a pluralidade de tempos no capitalismo histórico, por Leonardo Marques.
Resumo
Esta réplica explora algumas das principais questões levantadas pelos comentários de Crislayne Alfagali, Jack Bouchard, Mary Draper, Waldomiro Lourenço Jr. e Jason Moore a respeito de meu primeiro artigo, “Cadeias mercantis e a história ambiental global das Américas coloniais”. O texto segue uma divisão tripartite semelhante ao primeiro. Inicialmente, discuto algumas questões relacionadas à disciplina e aproveito para expandir aspectos que ficaram subdesenvolvidos em minha intervenção inicial, como a discussão sobre nacionalismo metodológico. Em um segundo momento, discuto especificamente as potencialidades e limites da história das mercadorias para se pensar a história do capitalismo. Na terceira e última seção, tomo como fio condutor a discussão sobre conhecimentos de indígenas e africanos na construção do mundo Atlântico para tentar amarrar as inúmeras questões levantadas ao longo do texto.
Capital e raça: os segredos por trás dos nomes, por Tâmis Parron
O artigo na íntegra pode ser acessado na Revista Rosa.
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